Especialista em fusões prevê que apenas dez operadoras comandarão apostas no Brasil

jpjunior
junho 21, 2025
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Menos operadoras de apostas no Brasil

O Brasil terá poucas empresas comandando o setor de apostas. A previsão foi feita por um especialista em fusões e aquisições que tem acompanhado o segmento no País. Muitos entraves deverão dificultar muito a atuação das empresas de menor porte nos próximos meses.

Para o fundador e sócio sênior da empresa Ficom Leisure, Christian Tirabassi, especialista em fusões e compras, o mercado brasileiro deverá ter entre dez e 12 grandes operadoras de primeira linha. Por outo lado, muitas empresas de menor porte terão sérias dificuldades para competir.

IMPOSTOS E BARREIRAS

Entre os obstáculos à concorrência de um maior número de operadoras, segundo Tirabassi, estão as altas restrições a anúncios, além é claro dos altos impostos. O Congresso e outros setores da sociedade brasileira têm sido muito hostis às apostas no Brasil e também dificultado um mercado livre.

Lançado no dia primeiro deste ano de 2025, o mercado regulamentado exigiu muito de quem quer ficar Uma taxa de licença de R$ 30 milhões e um imposto de 12% do GGR – que poderá chegar a 18% a curto prazo – deverá levar à saída de muitas operadoras já nos próximos meses.

“As empresas que tinham bom desempenho antes da regulamentação estão realisticamente mantendo essa posição de liderança. Porém a maior parte do mercado deverá partir para fusões para poderem sobreviver”, comenta Tibassi.

ESTIMATIVA

A H2 Gambling Capital estima que a indústria de apostas online do Brasil possa atingir R$ 31 bilhões em GGR em 2025, atingindo a cifra de R$ 64 bilhões em 2030. Isso não está, porém, considerando o impacto de um potencial aumento de impostos no Brasil. Entretanto, Tirabassi destaca que operadoras regionais poderiam sobreviver, mas com um faturamento bem inferior ao que as grandes empresas provavelmente conseguirão.

“Pode haver um nicho regional, não para uma operadora nacional, mas alguma casa poderá ter uma penetração significativa em um mercado específico e vai explorá-lo, com números bem menores

RESTRIÇÕES

O Senado do Brasil aprovou em maio novas restrições á publicidade das bets. Influenciadores e atletas estão proibidos de aparecerem em propagandas do segmento. Com isso, quem não tiver um cacife financeiro muito alto terá dificuldade para adquirir novos clientes. “Isso será inevitável, pois são muitos os obstáculos para que todo mundo tenha seu espaço. O caminho das fusões, repito, pode ser a alternativa para muitos”, conclui o especialista.

Author jpjunior

Jornalista profissional há mais de 25 anos, ex-editor do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, carioca e apaixonado por futebol. Vive na cidade de Itaboraí, a 50 quilômetros do Rio de Janeiro, com sua esposa Leide e o filho Bernardo.